Sempre pensei muito (não estou dizendo que você n pense, espere, leia!), pensar sempre me foi uma atividade contínua, ininterrupta mesmo. Mil e umas idéias pulsantes, às vezes, até atormentadoras, ao ponto de: Penso, logo não durmo. Mas engana-se quem acha que o fruto dos meus pensamentos é que me incomodavam, na verdade sempre me dei bem com eles, o que me atormenta, às vezes, é a impossibilidade de parar. Assim...para de pensar e pensar e pensar, fazer tantas elucubrações sobre tudo, que muitas vezes se esgotam ao possibilidades de encaixe das situações. Assim, repito, isso não me incomoda, e não o faço sobre os outros deliberadamente, mas de maneira estranha e até engraçada, por esse ato de pensar compulsivamente pouquíssimas coisas me surpreendem, por que nesse meu esporte imaginário, o novo também foi algo já produzido na minha mente.
Amigos costumam dizer, eita menina tu pensa muito ou num é mesmo essa coisa esdrúxula que tu já havia percebido, ai me dah vontade de dizer: Ah que saudade da época que eu era burra! Voltando um pouquinho no tempo, fui uma criança bastante, vamos dizer assim...chata (ok, ok... continuo chata), mas uma coisa deixava todos os adultos meio cabreiros comigo, não gostavam muito da idéia de me ter por perto sobre assuntos que deveriam ser mantidos em segredo, não é que eu contasse pra ninguém, mas o negócio era o seguinte: eu passava dias e dias matutando sobre o escutado, o percebido, e quase sempre matava as charadas! Vá por mim, isso não é muito legal não.
Hoje esse pensar "esportivo", me diverte mais do que me aflige, me dá a oportunidade de me proteger de pessoas que não são lá muito minhas fãs, mas que mesmo assim se aproximam de mim, eu sou sempre gentil e educada (talvez um esforço para mostar que ouvir falar de mim e me conhecer tem um infinito no meio), algumas delas insistem no: vou fingir que sou amiga dela. Mas pessoas entendam, eu não caia nessas armadilhas quando tinha 14 anos quiçá agora? Na verdade mantenho essas pessoas perto por alguns motivos: Me divirto ao ver que elas não compreendem o verdadeiro motivo das minhas palavras e ações, comprovam a minha tese de cartas marcados por motivos bobos, riu muito das suas falsas idéias de que eu sou boba ou que estão me enganado, quanto mais perto de mim estão os que não me apreciam mais fácil pra que eu mostre pra eles meu jogo. Contudo o mais incrível de tudo isso é: eu não procuro essas situações, essas pessoas, esses jogos, na verdade essas pessoas estão acostumadas a coisas tão superficiais que parecem viver em busca de mais adeptos dessas vidas de intriguinhas e de AHH eu sou o Máximo. Aí vêm atrás de mim com: Olha posso t add no orkut? Tu é amiga de fulano né? Ahh posso t add no msn?... Mas vem cá? Pra que tudo isso hein?
Me perdoem esses pessoas, mas eu não quero fazer parte desses círculos, eu não quero passar o dia falando sobre roupas, eu não quero passar a minha tarde falando do namorado de sicrana ou do affair de beltrano, eu não quero viver em função da vida dos outros, eu não quero tomar decisões baseadas nas dos outros, eu não quero curtir uma felicidade que seu único intuíto é magoar alguém...por que esta mesma felicidade propagada, ela não existe,Eu não quero parecer feliz por ser mais conviniente pra ser aceitada. Não há nada mais fiel que um travesseiro, e quando colocamos a cabeça sobre ele estamos sozinhos caros leitores, e só ele sabe o que confessamos quando não há necessidade de ser aceito, quando não há necessidade de ser o máximo, quando não há platéia.
Leitores, eu só quero pensar!
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"Eu não quero parecer feliz por ser mais conviniente pra ser aceitada."
Buscar ser conveniente e aceito a qualquer preço é prostituir-se por pouco. A aceitação de quem nos ama é absoluta. Não demanda sacrifícios hipócritas.
Adulterar-se para angariar aceitação é trair quem nos ama pelo que sempre fomos.
Parabéns pelo texto, amor. Em especial, por essa frase.
Te amo
Arthur de Bulhões disse...
23 de julho de 2008 às 19:18
É... eu conheço essa problemática do pensar... às vezes eu me recuso a pensar, especialmente quando eu noto que "pensar demais" me faz perder certas coisas... Na verdade, eu adoro pensar, adoro viajar nos pensamentos, mas eu não chego a ter problemas para dormir por pensar demais, só às vezes.. Ainda bem né? Pq meu horário biológico é diferente do seu, ele é diurno... Imagina se eu não conseguisse dormir à noite? hehehe
Mas enfim, o post ficou muito legal... Começou com o pé direito. =D
Alias, ele me lembrou de uma coisa sobre a qual eu fiquei matutando há muuuuuuiiito tempo atrás, nas aulas mais chatas de química. Considerando que temos livre arbítrio, "somos livres porque pensamos ou pensamos porque somos livre?" kkkkkkkk... Deve até ter algum comentário desse tipo no papernet...
Meu comentário só vai até aqui mesmo. Espero que o seu próximo post não seja próximo ano, como os meus... kkkkkkkk
Muito beijos!!
MP
MP disse...
25 de julho de 2008 às 20:47
Já não penso.
Meu cérebro está fechado para visitação.
bjo
teadoroportudoeapesardetudo
Unknown disse...
28 de julho de 2008 às 20:09
Essa é minha garota...
Muito bem, cumade. Pense, e pense muito!
;D
Flávio Costa disse...
6 de agosto de 2008 às 16:57