Olha, todo mundo sente vontade de ser cuidado, de um jeito ou de outro, gosta de um mimo, qualquer que seja o carinho ele é sempre bem vindo (digo qualquer que seja, por que tem gente que gosta de carinho em forma de objetos, e não sendo hipócrita, ÀS VEZES, eu também gosto). Até pouco tempo atrás a minha referência de carência era a seguinte: preciso de mimo, profunda necessidade de ser cuidada.
Dando um pequeno corte aqui, há alguns meses atrás também fui pagar umas disciplinas no CE- Centro de Educação- todas obviamente referentes a prática pedagógica, para quem conviveu nesse período comigo, só me ouvia dizer: Que sacoooooo, as aulas hoje foram pffffffff!Mais aí paguei uma disciplina de psicologia, e descobri uma coisa massa: as pessoas também sentem uma profunda necessidade de cuidar em determinada etapa da vida.
A necessidade de cuidar tem a sua origem no antagonismo da carência, ela chega quando você se sente recheado de sentimentos e um desejo danado de compartilhar, o que quer que seja com qualquer coisa. Não é que a minha pessoinha sempre meio egoísta, meio distante, se pegou numa vontade danada de cuidar? Uma carência pelas avessas, e desejo enorme de doar, de doar a minha tão cara atenção hehehehe.
Nessa coisa loca de: preciso cuidar de algo! Me ocorreu a mente de criar um cachorro, mas aí tem todo uns prós e contras e tals para se ter um cachorro em casa, e nesse meio tempo, a minha inquietação de "amor pra dar" só piorou...
Mais eis que surge, num domingo de chuva, niver do meu maninho querido ( Te Amo Matheus ;D) uma vitrine de fast-animals onde meu Milord está se esguelando pra sair de lá, e nessa hora eu sabia que tava levando uma enorme responsabilidade pra casa, mas também sabia que iria depositar em Milord todos os meus anseios de cuidado.

Ah meu amado Milord, é um Hamster, o mais lindo que existe nesse mundo, não para quieto um minuto, e de dia ele tah sempre dormindo...como alguém que eu conheço! E o nome vem de uma música da minha adorada Edith Piaf que eu fico cantarolando por aí, por que é linda...linda!


"Laissez-vous faire, Milord
Et prenez bien vos aises,
Vos peines sur mon coeur
Et vos pieds sur une chaise
Je vous connais, Milord!
(...)Vous aviez le beau rôle,
On aurait dit le roi...
Vous marchiez en vainqueur"



Amem queridos leitores, amem! Que seja a última, a primeira, o que for, ame!

Mar Calmo

Tempestade. É, tempestade. Gosto muito...sempre, contudo acreditei por um certo tempo que viver de maneira emocionante só era concreto se tivesse esse ingrediente! A pitada da tempestade era essencial, dava O gostinho, sem esse condimento, a vida, a minha vida não tinha a menor graça.
Já fui acusada de criar causo, só pra ter com o que ocupar a cabeça, confesso aqui queridos leitores: Era bem verdade, criar problema e resolver, sempre me foi algo bastante precioso. Mas veja só, nada comparado com: o mundo não me ama, ou ninguém me quer buááááááá. A grande sacada era a seguinte: esgotar as pessoas para tudo, por tudo, saber até onde, por que e por quem eram capazes de ir. Saber os porquês das pessoas que convivo é algo essencial para mim, se não for assim pegue a reta e não me encha o saco.
Hoje experimento um sentimento de deveras tranquilidade, uma tranquilidade tão plena que por si só é o próprio sabor, continuo a observar profundamente, mas criar causo, já não é mais o meu divertimento. Creio que com isso não perdi a essência, ganhei mais um ingrediente...um plus por assim dizer, e isto na verdade só me mostra que: ser a mesma sempre, cansa...e cansa muito, e eu não nasci pra ser a mesma sempre, eu sou mil...eu sou mil em uma.


Caro leitor se ARRISQUE, e saberá quem guarda as mil.

Eu posso pensar?

Sempre pensei muito (não estou dizendo que você n pense, espere, leia!), pensar sempre me foi uma atividade contínua, ininterrupta mesmo. Mil e umas idéias pulsantes, às vezes, até atormentadoras, ao ponto de: Penso, logo não durmo. Mas engana-se quem acha que o fruto dos meus pensamentos é que me incomodavam, na verdade sempre me dei bem com eles, o que me atormenta, às vezes, é a impossibilidade de parar. Assim...para de pensar e pensar e pensar, fazer tantas elucubrações sobre tudo, que muitas vezes se esgotam ao possibilidades de encaixe das situações. Assim, repito, isso não me incomoda, e não o faço sobre os outros deliberadamente, mas de maneira estranha e até engraçada, por esse ato de pensar compulsivamente pouquíssimas coisas me surpreendem, por que nesse meu esporte imaginário, o novo também foi algo já produzido na minha mente.
Amigos costumam dizer, eita menina tu pensa muito ou num é mesmo essa coisa esdrúxula que tu já havia percebido, ai me dah vontade de dizer: Ah que saudade da época que eu era burra! Voltando um pouquinho no tempo, fui uma criança bastante, vamos dizer assim...chata (ok, ok... continuo chata), mas uma coisa deixava todos os adultos meio cabreiros comigo, não gostavam muito da idéia de me ter por perto sobre assuntos que deveriam ser mantidos em segredo, não é que eu contasse pra ninguém, mas o negócio era o seguinte: eu passava dias e dias matutando sobre o escutado, o percebido, e quase sempre matava as charadas! Vá por mim, isso não é muito legal não.
Hoje esse pensar "esportivo", me diverte mais do que me aflige, me dá a oportunidade de me proteger de pessoas que não são lá muito minhas fãs, mas que mesmo assim se aproximam de mim, eu sou sempre gentil e educada (talvez um esforço para mostar que ouvir falar de mim e me conhecer tem um infinito no meio), algumas delas insistem no: vou fingir que sou amiga dela. Mas pessoas entendam, eu não caia nessas armadilhas quando tinha 14 anos quiçá agora? Na verdade mantenho essas pessoas perto por alguns motivos: Me divirto ao ver que elas não compreendem o verdadeiro motivo das minhas palavras e ações, comprovam a minha tese de cartas marcados por motivos bobos, riu muito das suas falsas idéias de que eu sou boba ou que estão me enganado, quanto mais perto de mim estão os que não me apreciam mais fácil pra que eu mostre pra eles meu jogo. Contudo o mais incrível de tudo isso é: eu não procuro essas situações, essas pessoas, esses jogos, na verdade essas pessoas estão acostumadas a coisas tão superficiais que parecem viver em busca de mais adeptos dessas vidas de intriguinhas e de AHH eu sou o Máximo. Aí vêm atrás de mim com: Olha posso t add no orkut? Tu é amiga de fulano né? Ahh posso t add no msn?... Mas vem cá? Pra que tudo isso hein?
Me perdoem esses pessoas, mas eu não quero fazer parte desses círculos, eu não quero passar o dia falando sobre roupas, eu não quero passar a minha tarde falando do namorado de sicrana ou do affair de beltrano, eu não quero viver em função da vida dos outros, eu não quero tomar decisões baseadas nas dos outros, eu não quero curtir uma felicidade que seu único intuíto é magoar alguém...por que esta mesma felicidade propagada, ela não existe,Eu não quero parecer feliz por ser mais conviniente pra ser aceitada. Não há nada mais fiel que um travesseiro, e quando colocamos a cabeça sobre ele estamos sozinhos caros leitores, e só ele sabe o que confessamos quando não há necessidade de ser aceito, quando não há necessidade de ser o máximo, quando não há platéia.

Leitores, eu só quero pensar!

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