Hoje eu tive, de fato, a maior decepção da minha vida.


Hoje eu descobrir que brigar com alguém e dizer ou gritar o que ela deve fazer e ela não fazer, ainda contua sendo culpa minha.
Hoje descobri que o homem que eu havia entregado a minha vida a ele, e que este havia me prometido cuidar de mim, julgava que gastar 2.500 conto, era cuidar de mim.
Sabe quantas vezes participei dessas orgias de gastanças? Creio eu com um 10%, mas levem em consideração q foram três meses. Eu não pedi nada a esse homem, eu não usei a técnica de aiii benzinho....aquilo é tão lindo, ou, amoooorrr tô precisando de um vestido novo. Mt pelo contrário, a cada nova compra...uma nova briga, sem idas ao shop sem saídas despendiosas... e continuo sem saber com o que ele gastou o resto do dinheiro.

Tah além disso ele me pediu pra contar meias verdades, pq se eu contasse de fato tudo que ele fazia ele n ia se safar com niguém... e sabe o que esse homem fez? Me fez passar a maior vergonha da minha vida, ser acusada de mentirosa e aproveitadora (na frente de todo mundo), para protege-lô, eu n disse mts coisas a várias pessoas com medo q ele perdesse td isso tb...os pouco q ainda falam com ele.

Sabe o q é pior, é ter dado tanta dedicação, tanto carinho, tanto afeto, e so ter recebido mentiras e mais mentiras.... E ainda por cima ele mentiu pra se safar. Mentiu sobre mim para q eu fosse acusada e que ele o super menino bom, foi enganado por essa leviana aki.

Sabe o q dah vontade de pensar agora? Q eu deveria ter sido uma filha da mãe e ter gasto td mesmo e depois ter exotado ele, e ainda ter contado a verdade pra todo mundo. Mas a única coisa q eu qria no fundo do meu coração, não era dinheiro, roupa e sei lá o q, eu queria amor veradeiro, eu qria aquele amor que constroí, que faz as pessoas ao seu redor feliz com sua situação.
Ah eu qria q ele pelo menos tivesse ligado pra minha mãe (mesmo ele não fazendo isso a safada sou eu) quando ela tava no hospital...qria q as roupas fossem palavras doces de amor e as ligações fossem apenas de saudade.

Querido amigos eu tô MESMO no meu inferno astral, só pode ser, só pode... Ah e isso fou um desabafo q me poucopa de responder td pra todo mundo, e isso infelizmente é só uam parte da história.

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Eu sou Mephistópheles. Mephistópheles, é o diabo. E todos vocês são Faustos. Faustos, os que vendem a alma ao diabo.

Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada. Quem acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre nossos braços e abraços.

Mas eu não sou o que vocês pensam. Eu não sou exatamente o que as Igrejas pensam. As Igrejas abominam-me. Deus me criou para que eu o imitasse de noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua.

A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.

Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe daria toda felicidade. Figura que te beijaria indefinidamente. Era eu. Sou eu.

Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar. Os problemas que atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de Melo Neto: Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu?

Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.

Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão todo o esplendor.

De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU?

Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem.
As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas.

É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.

As últimas palavras de Goethe ao morrer foram: Luz, luz, mais luz!!




Queridos leitores, primeiro me perdoem pela ausência aqui e segundo quero dizer que a natureza das pessoas não muda . Não muda nem a minha e nem a sua, e isto não é nenhum mal, é apenas necessário saber lidar com isso. Quero falar de uma coisa qua ainda não tratei aqui (tah bom, mal escrevi aqui sei disso...sei disso), sem enrolação vou começar.

Os budistas acreditam que a base do sofrimento humano está no desejo, que desejar afeta as vidas numa instância que foge do controle do racional (ego) e que por isso deve ser extirpado. Goethe e seu Mephisto (a galera do texto acima) me foram apresentados quando eu tinha quatorze aninhos, naquela época eu era uma menina magricela que via o mundo das páginas dos livros, mas eu tinha desejos e muitos.


Nessa trajetória de busca de conhecimento à la Fausto, mas que não era reconhecidamente assim da minha parte, encontrei uma das pessoas que mais me ensinaram sobre o desejo e através dele encontrei Fausto (encontrei muitas outras coisas também, mas isto não cabe aqui), que mais tarde iria se transformar no meu livro de cabeceira mais predileto entre os prediletos. Na UNI aprofundei a minha discução sobre Fausto no âmbito da teoria da modernidade, contudo, ele continua sendo pra mim o livro dos desejos, do desejo de ter...possuir, sucumbir ao êxtase daquilo que lhe dá prazer.

Fausto e Gretchen para mim são os personagens da mais bela história de amor e de desejo que já li na vida, se perder do modo que ambos se perderam...pra mim é viver, e viver muito bem. Descupem-me aqueles que não leram Fausto (as desculpas são sinceras), mas quero afirmar que já fui: Fausto, Gretchen e Mephistófeles. Mas últimamente foi a minha primeira vez como a Gretchen plena, assim, quero dizer, doce, ingênua, atenciosa como uma boa mulher deve ser, aquela mulher que todos recomendam que as garotas devem ser...mas que na verdade nunca tive vocação para tal.

A Gretchen que geralmente fui, foi aquela pré-Lolita, inexperiente sim, mas com um desejo latente, ardente, onde o Fausto primordial em muito sobre aproveitar e sucumbir também quase como o H.H. da minha querida Dolores Haze, e me dizia categoricamente que isso era meu, que já havia nascido assim, que por mais que eu quisesse esconder aquela minha certa natureza até libidinosa...que sempre haveria um Fausto ou um Mephistóles que iria ver na minha pupila o estranho ser que habitava a minha carne.

Gostei de passar por todo esse universo, mas enfim, não nasci pra ser a Gretchen virginal a espera por seu Fausto tomar todas as atitudes para que o universo de desejos sejam concretizados. Estou sempre mais ou para Mephistófeles (arrumando vias de fulga inteligentes para a concretização dos desejos), para Fausto e seus eternos complexos de busca entre saber e desejar e suas permutas, e pra Lolita de H.H que no auge da sua inexperiência desafia a teoria freudiana de que o homem não possuí instinto, por mais que ela saiba o que saber para encantar e enganar aqueles adoravéis homens que julgam saber tudo sobre a vida e as mulheres. Pergunto-me, se não há instinto...de onde veio tudo isso o Grande Mãe?

Sempre quis saber de onde vieram os meus desejos e suas estratégias para consuma-lós, ou a falta delas e mesmo assim conseguir, a verdade é estou pronta para voltar a esse universo de novo (por mais que ele me confuda e me deixe entorpecida às vezes). Por que o desejo, ah o desejo meus amigos...ele está presente em mim all the time.




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